quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O riso - Vinícius de Moraes

Aquele riso foi o canto célebre
Da primeira estrela, em vão.
Milagre de primavera intacta
No sepulcro de neve
Rosa aberta ao vento, breve
Muito breve...

Não, aquele riso foi o canto célebre
Alta melodia imóvel
Gorjeio de fonte núbil
Apenas brotada, na treva...
Fonte de lábios (hora
Extremamente mágica do silêncio das aves).

Oh, música entre pétalas
Não afugentes meu amor!
Mistério maior é o sono
Se de súbito não se ouve o riso na noite.

Vinícius de Moraes

O riso

"Não há comicidade fora do que é propriamente humano. Uma paisagem poderá ser bela, graciosa, sublime, insignificante ou feia, porém, jamais risível. Riremos de um animal, mas porque teremos surpreendido nele uma atitude de homem ou certa expressão humana. Riremos de um chapéu, mas no caso o cômico não será um pedaço de feltro ou palha, senão a forma que alguém lhe deu, o molde da fantasia humana que ele assumiu. Como é possível que fato tão importante, em sua simplicidade, não tenha merecido atenção mais acurada dos filósofos? Já se definiu o homem como "um animal que ri". Poderia também ter sido definido com um animal que faz rir, pois se outro animal o conseguisse, ou algum objeto inanimado, seria por semelhança com o homem, pela característrica impressa pelo homem ou pelo uso que o homem dele faz."

Henri Bergson

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Documentário "Ilha das flores"

Ta aí pessoal, um link onde vocês poderão encontrar diversos curtas :

www.portacurtas.com.br

domingo, 6 de setembro de 2009

O pobre e o rico - Caju e Castanha

O rico é que come tudo, tudo o que quer ele come.

Mas é o pobre que trabalha, ganha pouco e passa fome.